Descubra se os Influenciadores digitais estão dominando o seu estilo de consumo.

Fique imune da influência das redes sociais descobrindo como os influenciadores digitais conseguem mudar a nossa forma de consumir.

Influenciador digital é a pessoa que é capaz de transformar as opiniões, criar tendências e comportamentos, lançar ideias, ditar estilos, engajar ativismo e conduzir outras pessoas a determinadas ações de compras através das mídias sociais. E conseguem usando a “língua do público –alvo” dá área no qual se “especializou”, seja a da moda, beleza, maternidade, viagens, games, esportes, saúde, comida, empreendedorismo, finanças e humor por exemplo.

Exatamente por falarem a mesma língua – influenciador e público formam uma parceria muito poderosa. De um lado o influenciador conhece os anseios, as dificuldades, o que traz felicidade, o que move o seu público. Já o seu público se sente representado e se identifica com as falas, o conteúdo e o posicionamento deste influenciador confiando nele e ficando muito mais “aberto” a tudo o que ele dita, cria, posta, filma, fala e escreve.

Essa é a essência da dinâmica da influência digital.

Esse poder de saber como “chegar” neste público “aberto” a ele faz com que as marcas convidem os influenciadores que mais se aproximam para um determinado público para representa-los. As marcas encontram tudo pronto; um meio de se comunicar, um público engajado e pronto para interagir e recepcionar bem a sua marca.

Em recente pesquisa da YouPix, 90% dos entrevistados entre 19 e 34 anos já foram influenciados no meio digital e 65% já pesquisou uma marca ou produto por causa da indicação de um influenciador.

Assim as mídias sociais se tornaram atualmente um dos principais canais de divulgação, publicidade e propaganda.

Mas por outro lado, o público, que também é um consumidor, busca nas redes sociais informações, entretenimento e um local onde pode ser ouvido, expor o seu ponto de vista, discordar ou concordar. Se tornando uma voz ativa e participante e passa também a ser um influenciador a ponto de as marcas mudarem seus estilos, valores, produto e até a forma de fazer negócios de acordo com os desejos deste novo consumidor que descobriu ser uma voz ativa.

Em parte, por conta desta influência do consumidor pelas mídias socias que se percebe o poder do consumidor, assunto muito abordado pelo Consumo Consciente formando um equilíbrio muito saudável.

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Existem 3 formas de fazer essa interação, entre consumidores – público e as mídias sociais.

A presença própria: onde a própria marca divulga seus conteúdos em seus próprios perfis, interagindo de forma direta, visível, clara e aberta com o seu público. Neste campo a marca pode se aproximar deste público para cativar, manter fidelidade e engajamento. É por onde a marca consegue entender diretamente o poder que o consumidor tem.

A segunda seria a presença gratuita: o sonho de todos os profissionais de marketing. São conteúdos gerados pelo público em geral (inclusive dos influenciadores) porém de forma gratuita, de forma espontânea, natural e livre sem condicionantes nem permutas. Geram mais credibilidade e mais engajamento.

E por fim a que nos interessa hoje é a presença paga: a mais “perigosa” de todas e a que mais devemos – como consumidores e financeiramente educados – prestar muita atenção. São ações, conteúdos, divulgação de comentários de forma paga. Um anúncio, uma propaganda ou uma campanha. Às vezes feita de forma visível outras de forma velada.

E esta forma de propaganda velada é onde ocorre muita manipulação.

As redes sociais nos influenciam.

Até que ponto a formação de opinião de um influenciador digital é genuína, reflete de fato o seu pensamento ou é a reprodução do que uma marca quer influenciar? O que é o que ele diz e o que é que a marca quer que ele diga. Conseguir fazer essa diferenciação passa a ser um desafio.

Um meio de enriquecimento, invejado e perseguido por muitos, ser um influenciador digital se tornou uma via muito democrática para a tal da conquista da liberdade financeira, o estrelato e o status de milionário. Tudo isso graças ao valor de investimento – num patamar estratosférico – das marcas.

Daí porque este casamento é cada vez mais comum e de forte presença nas redes sociais.


As marcas, para expor seus produtos se apoiam em alguns aspectos psicológicos, emocionais e comportamentais do consumidor, principalmente nestes 3 tipos:


O efeito manada.

Ou o maria-vai-com-as-outras, lá falamos dele no primeiro artigo desta série: Não deixe as técnicas de venda influenciarem as suas compra.

Aliás os algoritmos das redes sociais de uma maneira geral se baseiam neste efeito para fazer um post viralizar ou não.

Quanto mais pessoas veem, compartilham e comentam, mais ele viraliza. A premissa é de que se vários gostam, milhares vão gostar também. Este recurso recebe o nome de “prova social”.

Porque será que você consegue enxergar o que seus amigos curtiram? Se eu não curtir vai pegar mal!!!??? Já parou para pensar nisso? Existe um incentivo para viralizar. E o viralizar não é um maria-vai-com-as-outras? Tem toda uma ciência por trás.

Se todos estão fazendo, inclusive meu influenciador, eu também deveria fazer, usar e comprar para que eu me sint@ tão realizado quanto os outros. É assim que agimos quando somos influenciados.

Mas a pergunta que fica, se o influenciador e todos os seus amigos compraram, você realmente precisa comprar também? A vida, as necessidades e a realidade dos outros é igual a sua?

Não. E isto tem que ficar claro.

💡Dica: antes de sair comprando e consumindo de acordo com o que “viralizou” entenda de onde veio o post, quem está por trás, qual é a essência deste consumo. Pergunte-se “vou consumir porque eu preciso ou porque se todos estão então é bom para mim?”


Efeito autoridade

Nada mais pertinente no quesito mídias sociais. Esta é a essência de usar os influenciadores digitais para promover uma marca.

Eles são autoridade no assunto. Se publicam que é bom pode confiar que é. Assim funciona o efeito autoridade.

Mas a pergunta feita anteriormente cabe muito bem aqui. O que veio da “boca” do influenciador, o que veio da marca?

Esta “autoridade” realmente está sendo verdadeira ou incentivada por um valor monetário?

💡Dica: acompanhe o influenciador, tente detectar a genuinidade da informação. Não se esqueça que é dessas opiniões que os influenciadores se sustentam e nem todos de fato consome o que pregam, nem todos fazem uma pesquisa profunda da marca que anunciam. Para alguns o dinheiro fala mais alto.

Autoconhecimento e a Educação Financeira

Tente ser você mesmo, descubra quem você é por dentro. Conhecendo a sua essência fica mais fácil consumir aquilo que de fato é importante deixando pra lá aquilo que os outros publicam.


O homem comum

Aqui as marcas se valem de que os influenciadores falam a mesma língua de seu público, entendem como chegar neles e desta forma conseguem ser bem mais assertivos.

💡Dica: se você se sentir acolhid@ por um tipo de consumo, pense bem se não é o fato de que a marca conseguiu te atingir num ponto muito sensível que te deixa propens@ para este consumo.


Transferência

É a capacidade dos influenciadores digitais de transferir seu poder à uma marca.

Existe toda uma admiração e uma confiança muito forte por parte do público por ele, então fazer uma associação entre influenciador e marca interfere positivamente na escolha do consumidor.


O problema por trás

Endividamento

O grande problema desta dinâmica entre influenciadores e as marcas é o tamanho deste poder em cima do consumidor, que muitas vezes não é financeiramente educado e acaba por gastar muito mais do que tem condições levando ao endividamento. Sem contar que gasta errado, com aquilo que é supérfluo ao invés do que é necessário.

O consumismo pode causar o endividamento

Consumismo ao invés da conquista de sonhos

Além disso essa parceria gera uma legião de consumistas na sua essência. Criando estilos de vida que na verdade são cópias do que está nas redes sociais.

O problema disso é que os sonhos de cada pessoa vão sendo substituídos por sonhos que são ditados pelos influenciadores digitais.

Os objetivos passam a ser o que as redes sociais e seus influenciadores ditam.


Perda da identidade

Com o medo de se sentir fora do grupo, ou de ser “o” diferente, o estilo de consumo e as escolhas de compras passam a ser a dos influenciadores e não daquilo que é o importante para nós.


Perda de Patrimônio

Esta é mais fácil de visualizar quando se trada de influenciadores do meio financeiro. Neste artigo falamos disso: Cuidado: Investir seguindo apenas opiniões de influencers.

Cuidado: Investir seguindo apenas opiniões de influencers

Quando investimos nossas economias baseados nas indicações de influenciadores, esta escolha de investimento não leva em conta os nossos objetivos, a finalidade da economia, nosso perfil. Investir somente na métrica de altos rendimentos não é o suficiente para fazer boas escolhas e enriquecer, é muito mais. Para enriquecer são necessárias outras medidas.

O mesmo raciocínio vale para todo e qualquer outro produto que compramos.

Se comprarmos uma determinada roupa influenciados por um conteúdo publicado nas redes socias, porém na hora de vestir descobre-se que esta roupa não tem nada a ver com a gente e vai ficar no armário sem usar, também não é perda de patrimônio?

O mesmo vale para um tênis, um perfume, um determinado celular, um carro que não atende as minhas necessidades de locomoção ou muito acima ou abaixo do necessário também é perda de patrimônio.

Tudo o que compramos, mas não consumimos, ou consumimos de forma inadequada é desperdício. E desperdício é perder dinheiro. E dinheiro é patrimônio.

Este é o mantra que devemos ter em mente em relação ao nosso consumo. Por isso a importância de entender quais são as nossas importâncias, as nossas necessidades e os nossos desejos. Se isto não ficar claro, os influenciadores digitais é que vão estabelecer por você.


💡Dicas para não se deixar levar pelos influenciadores digitais:

Seja você quem você é e não uma cópia ou reprodutor do que vê, lê ou ouve nas mídias sociais.

Desenvolva o autoconhecimento, saiba exatamente o que você quer da vida.

Os objetos não vão te transformar, quem vai é você mesmo pelo seu jeito de ser e de agir.

Conheça qual o seu estilo de lidar com o dinheiro. Conheça quem ou o que te influencia.

Busque informações, opiniões de diferentes formas, as redes sociais e amigos são apenas uma parte. Leia livros de autores com conhecimento, estudados e formados naquilo que publicam. Leia editorias de revistas e jornais. Leia artigos de estudos publicados em revistas conceituadas. Consulte o Procon e o Proteste.

Eduque-se financeiramente. Saiba quais são as suas necessidades, quais os seus desejos. Tenha objetivos e metas definidas. Tenha as prioridades definidas.

Metas Smart How

E por fim seja um Consumidor Consciente.


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Pense rápido. Qual skate é mais barato? O de R$ 500,00 ou R$ 499,99

Não perca a oportunidade. É de graça! Só que não. Você é que está sendo dado de graça para você gastar.

Fonte:

Akatu – Caderno Temático dinheiro e crédito

CONEF – Educação financeira nas escolas: ensino médio: Bloco 1

Goleman, Daniel phD. A Inteligência Emocional – A Teoria Revolucionária que redefine o que é Ser Inteligente. Objetiva. 1995

BORGES, Carlise Nascimento. A nova comunicação e o advento dos digital influencers:
pesquisa realizada sobre blogueiras de moda. Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO

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