Considerando que são principalmente os desejos que nos levam a ter dívidas, mas por outro lado são eles que nos movem, fica a pergunta, quando devo comprar desejo quando não.
Índice
Os vários ângulos de um desejo
As várias formas de comprar um desejo
Quando comprar desejo é bom, quando é ruim
Conclusão
Conselho: Para saber quando comprar desejo é bom
Vá mais longe
Estamos falando sobre desejos e necessidades em uma série aqui no site.
Você compra desejo ou necessidade?
Conheça o método “Necessidade versus Desejo”
Já vimos que devemos priorizar os nossos gastos com as nossas necessidades. E falamos também dos desejos; que não tem fim e são capazes de nos levar a dívidas, a gastar com o que não precisamos levando inclusive a faltar dinheiro para pagar itens prioritários e essenciais.
É nos desejos que mora a maioria dos perigos que nos fazem gastar mais do que temos e podemos.
Mas por outro lado, são eles que nos movem para frente, nos fazem crescer. Nos fazem correr atrás de conquistas, nos dão orgulho, sentimento de realizações e que nos trazem – até certo ponto – a felicidade.
Mas então ter desejo é bom?
Sim, e devemos ter desejos sim. Mas, como tudo na Educação Financeira, devemos ter equilíbrio, saber fazer escolhas.
E principalmente saber quando comprar um desejo é bom e quando não é.
É disso que vamos falar hoje.
Os vários ângulos de um desejo
Atrás de um desejo normalmente existe um fator emotivo, sentimental, social, educacional, social ou cultural. A compra de um desejo pode representar a conquista de um status, prestígio, poder, auto realização ou preencher um vazio ou carência e ainda para aliviar um stress ou ansiedade por exemplo.
Comprar algo motivado par alguns desses fatores não está errado. Nós somos seres emotivos, agimos socialmente, de forma inconsciente e influenciados por várias variáveis. É assim que “funcionamos”.
As várias formas de comprar um desejo
De forma bem simplista:
Podemos ser super controlados, ter um orçamento em ordem, se programar para comprar os desejos, guardando o dinheiro para esta finalidade. Esse comportamento chamamos de compra controlada.
Por outro lado, também pode acontecer de comprar por impulso. Vemos alguma coisa e por “n” motivos, compramos na hora sem questionar.

Podemos estar comprando à vista porque temos dinheiro disponível e com isso economizamos dinheiro, ou podemos estar enrolados, comprar a prazo, fazer dívidas, pagar o dobro em juros.
Não existe um certo ou um errado na forma de como consumimos (salvo exceções nos casos dos superendividados ou os com oniomania).
Quando comprar desejo é bom, quando é ruim
Percebam que NÃO estamos questionando quando é errado, quando é certo.
E sim quando é bom e quando é ruim.
Vamos lá entender melhor.
A Educação Financeira vai fazer você ter consciência das consequências de suas escolhas na hora de comprar um desejo. E neste caso – a compra de desejo – devemos principalmente:
Entender primeiramente o papel da troca intertemporal – esperar para comprar e pagar a vista ganhando um desconto, ou comprar hoje e pagar somente amanhã e com isso se paga juros saindo mais caro. Hoje – mais caro, contra amanha, mas mais barato.
Saber fazer as contas e ver o quanto que essa troca (juros) está me custando. O quanto a mais estou pagando por comprar em prestações.
Saber da minha situação financeira, existe dinheiro sobrando para esta compra, vou ficar super enrolado financeiramente, vou ter que fazer mais dívidas. Esta compra vai adiar outros desejos?
Ou seja, estamos falando em tomar decisões e quais são as consequências dessas escolhas que fizemos.
Isto é super bacana na Educação Financeira, é entender o que vai acontecer de acordo com nossas escolhas, o que ela vai trazer para a minha vida.
Por isso não existe o errado e nem o certo.
Existem sim, a melhor decisão considerando os objetivos, os sonhos de cada um.
É assumir o leme do seu dinheiro e da sua vida.
Cada escolha depende das circunstancias de cada um. Do contexto da situação. Da realidade que cada um está vivendo naquele momento.
Em um primeiro momento achamos que comprar por impulso é ruim, mas se estamos cientes que o dinheiro usado não vai atrapalhar o orçamento, não vai impedir de concretizar meus sonhos prioritários e não vai afetar a vida dos outros ele não vai ser uma escolha ruim.
Comprar desejos é bom quando estamos comprando de forma consciente. Estamos fazendo escolhas conscientes quanto ao consumo, a poupança e ao uso do crédito. Existe uma relação saudável com o dinheiro.
É bom quando ele faz parte do seu projeto, do seu sonho.
É bom quando ele não causou danos, não prejudicou pessoas.
É bom quando ele respeitou a sua condição financeira atual e levou em consideração o aspecto sustentável (uso de recursos, os impactos do consumo no meio ambiente, na sociedade e na economia, vide: )
É ruim quando não temos a mínima ideia se o consumo vai trazer consequências negativas.
É ruim quando deixamos de comprar o que é importante, essencial ou vital em troca desses desejos.
É ruim quando foi prejudicial para quem busca uma vida tranquila.
É ruim se por conta disso não alcance meus sonhos.
Conclusão
Comprar um desejo será bom ou ruim dependendo das consequências que esta escolha vai trazer para você e se é isso que você quer.
E esta consequência depende das circunstâncias e do contexto específico de cada um (realidade financeira, quais são os objetivos e sonhos).
Conselho: Para saber quando comprar desejo é bom
Eduque-se financeiramente, principalmente quanto ao Planejamento Financeiro, fazendo um orçamento e determinando objetivos.
Entenda sobre juros compostos, CET e troca intertemporal, enfim tudo que se relaciona sobre crédito.
Desenvolva o autoconhecimento para comprar desejos de forma mais consciente.

Saiba mais sobre Consumo Consciente.

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