“Socorro! Eu não consigo parar de comprar”. Descubra como funciona o transtorno do consumismo e veja conselhos e dicas para não transformar as compras no foco central de sua vida.
Índice
Definição de Oniomania
Conselho – Oniomania
Saiba mais – As relações com o dinheiro
O consumismo, que é o nosso estilo de vida atual, traz muitos impactos em nossas vidas.
Vimos em Porque somos tão endividados?, Estilos lesivos de lidar com o dinheiro: Pressão família, sociedade, marketing; Não deixe a publicidade e as propagandas influenciarem o que você consome e Descubra se os Influenciadores digitais estão dominando o seu estilo de consumo, alguns deles.
Para entender melhor o papel do consumo veja: Precisamos falar sobre consumo.

Hoje vamos falar especificamente de um transtorno ligado ao consumo compulsivo, que é a oniomaina (também se encontra escrito oneomania).
Uma combinação entre este estilo de vida, depressão e ansiedade.
Definição de Oniomania
A oneomania também é conhecida como TCC – Transtorno de Comprar Compulsivo, Doença do Consumismo ou Doença da Dívida.
É um transtorno psiquiátrico marcado pela vontade incontrolável de comprar, sem necessidade e por impulso. Um vício em consumo de tal forma que a pessoa simplesmente não consegue ficar sem realizar uma compra.
Segundo definição do dicionário Aurélio oniomania (do grego oné – que significa comprar + mania) é um “desejo mórbido, impulsivo, de fazer compras e adquirir coisas”.
Surge para satisfazer uma necessidade psicológica, como preencher alguma lacuna da infância, ou ainda motivados pela ansiedade e depressão, entre outros. Nos mesmos moldes dos vícios em jogos, ou bebidas alcoólicas.
Entre 25 a 35% das pessoas com o transtorno apresentam quadros de depressão e ansiedade.
Além de todos os transtornos relativos a um vício, este, por ser compulsão por comprar, leva a um altíssimo valor de dívidas, chegando a tal ponto de destruir casamentos, relacionamentos longos, pode inclusive levar a falência, perda de emprego, dignidade e exclusão social. Conflitos muito sérios já que invariavelmente entra a questão financeira.
E com isso acabam entrando na categoria dos superendividados.

Assim como em todos os tipos de vícios o grande problema para começar um tratamento é reconhecer a doença.
E não só isso, como vivemos em uma sociedade onde consumir em excesso é “normal”, fazer dívidas é corriqueiro, fica difícil enxergar quando extrapolamos no consumo e isto se transformou em doença.
Quando se gasta boa parte do tempo comprando, quando existe uma vontade incontrolável de comprar em um crescente de frequência e intensidade. Uma compulsão pelo consumo, compras a todo momento e totalmente desnecessárias que geram sofrimento, aflição, conflito e estão prejudicando o convívio são situações que indicam provavelmente a existência do transtorno. Esconder as compras dos outros, seguido de um sentimento de arrependimento, culpa e remorso é um comportamento típico.
Normalmente existem uma dor emocional interna e profunda atrelada ao ato da compra.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de um por cento da população mundial sofre dessa doença. No Brasil, pesquisas da Universidade de São Paulo mostram que os oniomaníacos chegam a três por cento da população e quem mais tende a manifestar a compulsão são as mulheres, os jovens e, recentemente, os internautas.
Conselho – Oniomania
O autoconhecimento é o principal caminho, tanto para tentar sair dessa como para nem entrar. Conheça a si mesmo.
E educação financeira é uma ótima aliada para mitigar problemas relacionados ao consumismo. Busque ajuda de um consultor financeiro ou educador – mentor – coach financeiro.
O recomendado é fazer um tratamento com psicólogo ou psiquiatra, procurar o grupo de Devedores Anônimos também é uma boa decisão.
Acesse aqui https://www.devedoresanonimosonline.com.br/ e conheça mais sobre os Devedores Anônimos, neste site também há o link para participar de uma sessão on line.
Este é de São Paulo: https://www.devedoresanonimos-sp.com.br/index.html
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O modo de trabalhar deles é semelhante ao dos Alcoólicos Anônimos.
Saiba mais – As relações com o dinheiro
Existem diversas formas das pessoas se relacionarem com o dinheiro.
Desta forma cuidado para não cair no oposto, a vontade de enriquecer é tanto que tornam muitas pessoas obcecadas por dinheiro e se transformam em pessoa extremamente agarradas e obcecadas com dinheiro, posses e bens.
Tem também aquele que tem medo de ficar pobre que faz de tudo para não gastar dinheiro e vive de forma muito simples, desenvolvendo assim a crometofobia.
E tem ainda o investidor compulsivo que acaba se viciando em aplicar dinheiro. Veja: Cuidado: Investir também vicia
Desta forma devemos sempre, em tudo a que se refere nossas vidas, a buscar o equilíbrio.
Para isso desenvolva o autoconhecimento.
Aprenda a pensar a longo prazo, tenha sonhos, objetivos e metas de curto, médio e longo prazo.
