Hoje vamos falar de investimentos mais diversificados, mas nem por isso difíceis de aplicar. Boas opções para todos os tipos de investidores para diversos perfis e para as mais variadas finalidades.
FUNDOS DE INVESTIMENTO
Fundo de Investimento é uma aplicação de característica coletiva, várias pessoas compram uma parte dele, chamado de cota. Cada cota representa a menor parte do fundo. Imagine um prédio, com vários apartamentos. Cada apartamento representa uma cota. Quem compra uma ou várias cotas – aplica o dinheiro no fundo – começa a fazer parte do Grupo de Cotistas do Fundo.
Quem organiza os fundos são as instituições financeiras – bancos, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
Cada fundo de investimento é composto de uma carteira de investimento, que mudam conforme o objetivo de cada fundo. São essas carteiras é que vão diferenciar um fundo de outro.
Carteiras de investimento são os ativos que o fundo compra. E a somatória da rentabilidade desses ativos é que vão remunerar os investidores de acordo com a quantidade de cota, ou seja a rentabilidade se dá pela valorização da cota, a renda então é variável.
Os ativos podem ser títulos públicos ou privados, ações, comodity, moedas, debêntures, investimento estrangeiro entre outros.
Cada fundo só pode aplicar o dinheiro investido em ativos selecionados de acordo com o objetivo especificado no seu regulamento.
Assim um fundo pode ser mais conservador ou mais agressivo, consequentemente a rentabilidade também será diferente. Menor risco menor rentabilidade, maior risco maior a rentabilidade a longo prazo.
Os fundos são uma forma de conseguir diversificar o dinheiro aplicado sem precisar de muitos recursos financeiros. Com pouco dinheiro é possível aplicar de forma conservadora e arrojada.
Sem contar que o próprio fundo já diversifica o dinheiro aplicado obedecendo as suas próprias regras.
As instituições podem ou não cobrar taxa de administração ou também performance pelo trabalho de acompanhar, aplicar, retirar os valores de forma a obter o máximo de rendimento.
Os fundos de investimento informam periodicamente o seu histórico de rendimento.
Para conhecer mais sobre os fundos e fazer um comparativo, acesse o site da CVM.
Os fundos de investimento são divididos, conforme a ANBIMA, pelos tipos de ativos que investem:
Fundos de renda fixa: sua carteira é constituída em pelo menos 80% em ativos de renda fixa com variação de acordo com a taxa de juros e/ou índice de preços. Os ativos são títulos públicos e privados.
Fundo de ações: aplica 67% em ações de renda variável negociados em bolsa de valores como a B3.
Fundo Cambial: neste fundo 80% do dinheiro é aplicado em moeda estrangeira, ou seja, papéis que sejam atrelados à variação dos preços como do dólar, euro por exemplo.
Fundo multimercado: como o nome já sugere, estes fundos permitem uma variação e liberdade maior, porém as próprias regras que vão determinar o quantitativo que poderá ser aplicado em cada tipo de ativos. Variam entre títulos de renda fixa, renda variável, ações, câmbio…
Além desses ainda existem:
FII – Fundos de Investimento Imobiliário: onde o dinheiro é aplicado exclusivamente em ativos imobiliários. É realizado pela Bolsa de Valores.
ETF- Exchange Traded Funds: ou fundo de índice, são fundos negociados pela Bolsa de Valores como se fosse uma ação. Esses fundos replicam algum índice. Os fundos de renda variável usam o da própria bolsa, como o IBOVESPA, já os de renda fixa algum índice de títulos públicos ou privado.
A diferença deste fundo para com os outros está na gestão e escolha de ativo. No ETF obrigatoriamente a compra de ativo se dá pelo índice ao qual está atrelado, é uma gestão passiva. Nos outros fundos (multimercados, cambial…) a escolha dos ativos se dá por um conjunto de informações e análises próprias, uma gestão ativa.
FUNDOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA
Fundo de Previdência privada é um produto financeiro destinado à aposentadoria com incentivos fiscais (os impostos variam de acordo como plano escolhido – VGBL ou PGBL) e algumas vantagens.
Os aportes se dão regularmente, enquanto que nos fundos normais as aplicações são totalmente livres. Já o resgate possui regras próprias, a depender da data do resgate pode haver penalidades reduzindo o valor aplicado.
A sua remuneração se dá pelo conjunto de aplicações realizados pelo plano, ou seja, o rendimento que os produtos investidos pelo plano tiveram.
No mercado existem várias opções, cada uma com características diferentes, porém todas com objetivo de investimento a longo prazo (porém há algumas opções para prazos mais curtos). Assim como os fundos, cada uma tem uma regulamentação própria.
Não há nenhuma ligação com o INSS, quem oferece são os bancos e seguradoras.
Veja neste artigo que explicamos tudo sobre os planos de previdência: Como escolher o melhor Plano de Previdência para alcançar uma aposentadoria do jeito que você pretende.

BDR
BDR – Brazilian Depositary Receipts são certificados que representam ações emitidas por empresas fora do país, mas que são negociadas na Bolsa de Valores do Brasil.
Uma instituição – chamada de instituição depositária, compra ações negociadas em bolsa de valores no exterior, porém elas continuam fora do país. Aqui no Brasil, essa instituição emite então os BDR referente a essas ações adquiridas e as negocia na Bolsa de Valores.
A instituição depositária tem que garantir que as ações se mantenham depositadas e bloqueados sob sua custódia.
Desta foram a BDR têm a mesma dinâmica de ações.
É uma forma de investidores brasileiros “comprarem” ações de empresas estrangeiras sem ter conta em uma corretora no exterior e fazer os tramites de remessa internacional.
COE
COE – Certificado de Operações Estruturadas é um investimento onde o seu emissor é que determina a sua estrutura e pode ser muito flexível podendo combinar renda variável com fixa.
Muito parecido com um título privado emitido pelo banco, porém a renda se dá exatamente pelo que foi acordado (moeda, índice, câmbio, ações) de acordo com um determinado cenário (alta ou baixa do ativo).
Por ter renda variável dentro, é um investimento mais arriscado por mais que apresente uma maior previsibilidade. Por outro lado, permitem investir em cenário mais arriscados sem correr grandes riscos.
Funcionam como um fundo, porém há diferenças. Possuem valor mínimo investido, o indexador é definido, têm data de vencimento e apresenta uma série de cenários diferentes de ganhos e perdas.
Assim como os fundos, o COE tem que ter registro e todas as regras especificadas. Alguns tipos podem dar a garantida do valor investido, no mínimo.
ESG
ESG – Environmental, Social and Governance – em português ASG – Ambiental, Social e Governança são carteiras – novas – de diversos tipos, desde fundos, títulos de dívida emitidos por empresas, governos e entidades para atrair investimentos para projetos com impactos positivos socioambientais chamados de Títulos Verdes, Sociais e Sustentáveis ou Títulos vinculados à Sustentabilidade. Ou ainda o SLB (Sustainability-Liked Bonds) que são instrumentos de dívida cujo objetivo final é fazer com que o emissor alcance metas ESG.
Conheça todos os verbetes de nosso glossário
Entenda a diferença entre finanças, aplicação e investimentos. Glossário de Investimentos I
Qual a diferença entre economizar, poupar e investir? Glossário de Investimento II
Qual a diferença entre Ações e Títulos (Públicos ou Privados)? Glossário de Investimentos III
Indexadores de investimento, Selic, IPCA, DI, Câmbio, IBOVESPA e afins. Glossário de Investimento VI
Impostos e taxas sobre Investimentos. Glossário de Investimento VII
Fontes:
E-Investidor – Infográfico de Produtos Financeiros (estadao.com.br)
CONEF – Educação financeira nas escolas: ensino médio: Bloco 2