Os pets também produzem impactos negativos que nós como seus tutores devemos reduzir.
Sim, nossos bichinhos queridos também podem fazer um belo estrago tanto no nosso bolso, como no meio ambiente e contribuírem para o endividamento, consumismo, desmatamento, poluição, geração de resíduos, desperdícios e exploração da mão de obra.
Um mercado com faturamento estimado em R$ 40 bilhões em 2020, somos o 3º maior mercado de pet do mundo. Não é de se desprezar.
Uma ótima notícia para o mercado, para os negócios, para empreendedores e para geração de empregos. Sem contar com o bem estar que trazem para a família.

Mas esse dado merece uma atenção cuidadosa.
Mais consumo, se traduz em mais geração de resíduos, mais poluição, uso excessivo de água, mais consumo de recursos naturais.
Onde vão parar as embalagens da ração (feitas de plástico) depois de usadas? São recicladas?
Como é feito o descarte das fezes dos bichinhos. Os saquinhos plásticos vão parar no lixo comum?
E a quantidade de brinquedinhos, caminhas e casinhas? Tudo feito na grande maioria de material plástico e quando quebram e são descartados? Vão parar onde?
Tudo indo para os aterros sanitários? Estima-se que existam 139 milhões de pets no Brasil, imaginou quantos resíduos eles geraram?
Sem pensar na produção! Foi feito de material reciclado, sustentável?
E os produtos de higiene. Quantos componentes químicos foram usados?
Você sabia que os produtos para controle de pulga são tóxicos? Onde eles vão parar? Na água que terá que ser tratada?
Falando em água, quanto litros são usados para lavar o quintal diariamente para higiene?
Sem contar do poder do marketing que com apelo emocional nos fazem cada vez mais gastar com nossos pets. Não faltam opções para o bem estar. Haja dinheiro para “satisfazer” a vontade dos nossos queridos animais de estimação. Mas será que eles precisam de tudo isso? É a vontade deles ou a do nosso imaginário?
Assim ao adotarmos uma vida de consumidor consciente não devemos esquecer dos nossos amados bichinhos. Os mesmos princípios que adotamos para nós devemos adotar para eles.
Sim, eles também têm que ter um orçamento (crie um item de despesa dentro do seu orçamento exclusivo para eles), um propósito, um objetivo, identificadas as suas necessidades.
Com eles também é necessário repensar o impacto causam, estabelecer um equilíbrio entre o necessário para eles e o que nós desejamos a eles, reduzir os desperdícios, escolher os produtos e serviços de empresas ambientalmente, economicamente e socialmente responsáveis e respeitando o tamanho do nosso bolso.
E nada melhor do que aplicar as ações do 5R:
Repense – Recuse – Reduze – Reutilize (Reforme) – Recicle.

Repense
Repense a alimentação de uma forma geral do seu companheiro de estimação. De fazer em casa a própria alimentação com produtos orgânicos seguindo orientações do veterinário (para quem pode) e para quem não tem condições opte por rações orgânicas e naturais (antes de comprar leia o rótulo). Apesar de serem um pouco mais caras, elas só trazem benefício e lá na frente será mais vantajoso porque você terá um animal de estimação mais saudável e vai reduzir com idas ao veterinário e remédios.
Repense todos os gastos – lembra do orçamento? Ele também entra!
Será que eles precisam de todo esses acessórios, brinquedos, caminhas, mimos, roupinhas ou produtos de beleza? O que é necessidade, o que é desejo “meu”?
De uma maneira geral os pets precisam de muito carinho e atenção, que não custa 1 centavo sequer, mas demandam parte do nosso tempo. Além disso necessitam de uma boa alimentação, boa higiene, vacinação em dia, atividades físicas e proteção.
Tendo isto em mente, repense a sua relação com ele, veja se não está trocando o tempo, dedicação e carinho por objetos ou comida. O desejo de ostentar também pode ser refletir nos gastos com os bichanos.
Recuse
Recuse tudo aquilo que serve para somente satisfazer um desejo nosso e não do pet.
Tudo o que não é benéfico aos animais deve ser rejeitado. Ao comprar qualquer coisa para seu amado pet, pense primeiro na saúde mental e física deles. Sim, eles também sofrem de transtornos psicológicos, ansiedade, depressão.
Recuse compras que foram incentivadas por pressão do marketing, dos amigos, da família.
Consuma apenas e estritamente o que couber no seu orçamento (aquele item de despesas exclusivo).
Reduze
Reduze de uma maneira geral os gastos excessivos e supérfluos. Nós também transferimos aos nossos pets muito do estilo consumista.
Reduze a compra de brinquedos feitos de plástico, opte por feitos de madeira certificada e reflorestada, material ecológico ou por material reciclado. Melhor ainda é você mesmo produzir os brinquedos.
Quanto ao pote de ração e comida prefira os de aço inoxidável além de serem ambientalmente melhores, são mais saudáveis.
Restrinja o consumo de produtos de higiene com compostos químicos, opte pelos feitos com ingredientes mais naturais possíveis. Já existe no mercado produtos sem corantes, nem parabenos e petrolatos. Apesar de serem um pouco mais caros, vale a mesma lógica em relação a ração, ou seja a longo prazo a boa saúde traz economia no nosso bolso.
Para reduzir o consumo da água na hora de limpar o quintal (para aqueles que moram em casa), use grama sintética ou os banheiros higiênicos. Agora o melhor mesmo é ter um espaço de grama verdadeira, ou jardim com terra. De longe a melhor opção para o seu bolso e para o meio ambiente.
Aprenda, assim como para nós, a precisar de menos para eles também. Veja quantas “quinquilharias” eles têm que nem são usadas!!!!!
Reutilize (Reforme)
Tem muita coisa que nós usamos que podem ser reaproveitados para eles. De roupa (sim, dá para transformar uma blusa ou suéter em roupa para o cachorro), até brinquedos. Um gatinho adora brincar com uma caixa de papelão. Uma garrafa de plástico vira um ótimo brinquedo com comidinha dentro. Na internet e redes sociais existem muitos exemplos para fazer em casa.
Recicle
Sabia que as fezes dos bichanos vão bem na compostagem? A água final do banho também pode ser usada para lavar o quintal e cuidado com o desperdício de água nesse banho!!!!
Ahh! Se você tiver uma crise financeira e ficar economicamente inviável manter de forma digna a vida do seu pet, jamais o abandone. Procure um novo lar! Ponha para adoção.
E se você estiver pensando em adotar um pet, proceda da mesma forma como se faz para a compra de um item de valor maior. Ou seja, ponha no orçamento, veja todos os prós e contras. Apesar de com criatividade e tempo se consegue reduzir os gastos, eles custam sim. E se seu orçamento já for apertado considere um pet que caiba no tamanho que as suas despesas vão suportar.
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Fontes:
Akatu – Caderno Temático dinheiro e crédito
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