O lazer virou uma fonte de consumo?

Para muitos o lazer virou sinônimo de consumir. O descanso e o divertimento se transformaram em atividades para gastar dinheiro e só.

O que vem a sua mente quando ouve ou lê a palavra Lazer?

Passear no shopping, compras, ir ao restaurante ou bar, cinema, show ou teatro, ir a um parque temático/diversão/aquático, curtir uma balada?

Quando vamos passear em outra cidade, o que você vai ver? As lojas? Quais os tipos de passeios que são feitos?

Faça a sua lista.

Quantos itens são atrelados ao consumo?

Percebam que na nossa lista, todas são atividades de consumo (com raras exceções)?

Vivemos em uma sociedade consumista, onde nos sentimos “obrigados” a consumir, acompanhamos o ritmo de todos ao redor de nós e desta forma compramos e compramos. E neste ambiente acabamos por transformar o nosso momento de lazer em momento de consumo.

Assim o lazer – do substantivo masculino que significa divertimento, atividade agradável praticada num momento de descanso ou de entretenimento – se transforma em atividades de gastar dinheiro. O mercado industrializou o lazer, entretenimento, a cultura, a diversão.

E com isso o consumo faz com que o lazer deixe de ser um momento de tranquilidade e passa a ser um gerador de stress. Como pagar, como se divertir se não há dinheiro suficiente para esses momentos? Os passeios são pagos e se não tem dinheiro vivo pode ser na maquininha, tem que comprar o tíquete para se divertir, o entretenimento pode ser em 10 x e ainda sem juros.

Perdeu-se a capacidade de se divertir, relaxar, se desligar do trabalho, das rotinas estressantes causado pelos problemas do dia a dia. Não buscamos experiências, vivencias, observações, parcerias e nem convivências.

Fazer um piquenique, passar o dia em um parque, passear sem destino para descobrir os encantos de lugares desconhecidos, passar a noite jogando juntos, são exemplos de lazer que não estão mais na moda.

Descubra os prazeres que o dinheiro não compra.

Dinheiro compra tudo? O que ele não deveria comprar.

Ao contrário, viajamos para mostrar aos amigos o que compramos, conhecemos novos lugares para postar nas redes sociais, vamos às baladas para beber e assim por diante.

Não deixe que o dinheiro comande o seu momento de lazer.

Deixe o sentimento, as experiências, o prazer comandar.

Seja um Consumidor Consciente.

Descarte toda a parafernália das compras, esqueça as quinquilharias que nos sobrecarregam, os posts que viralizam somente para se manter “dentro” do nosso grupo social.

Conheça passeios alternativos, faça programas que potencialize a convivência (jogos de tabuleiro), descubra os encantos de museus e exposições, se perca pela cidade sem hora para terminar, procure por pacotes de turismo que dê ênfase ao contato com a comunidade local e por experiências (mas cuidado com a exploração), faça programas de imprevisto, se interesse pelas histórias do local. Aplique o 5R.

Para quem é o lazer? Para você ou para seus amigos admirarem o quanto você gastou? Para enriquecimento pessoal ou para ostentação?