Como o dinheiro é essencial em nossas vidas é necessário ter um relacionamento positivo e saudável com ele. Por outro lado, a busca incessante pela felicidade pode nos fazer ter uma relação tóxica, de frustações ou até de indiferença.
- Motivos do relacionamento ruim com o dinheiro
- Endividamento
- Acreditar que dinheiro vem só do trabalho
- Não saber e nem querer investir
- Não ter um propósito ou projeto de vida – vazio interior
- O emocional e/ou sentimental falando mais alto
- Perfil comportamental ligado ao dinheiro
- Efeitos Psicológicos como Oniomania ou Crometofobia e ainda o viciado em investir
- O que fazer para construir um bom relacionamento com o dinheiro para ser feliz
- Vá mais longe vendo este conteúdo:
Tem gente que odeia, tem quem ama, já outros são indiferentes. As relações que possuímos com o dinheiro são diferentes de pessoa para pessoa.
Podemos ser avarentos ou generoso com o dinheiro.
O que é unanime é que a relação que temos com o dinheiro interferem no nosso bem estar e humor; podem nos deixar felizes, realizados, frutados, ansiosos, depressivos ou dependentes.
Queremos ser felizes e por isso somos capazes de fazer muitas loucuras. Aí que mora o perigo.
Estudamos uma profissão para nos realizar profissionalmente e seguir uma carreira ou empreendemos. Construímos uma família ou outros tipos de relacionamentos. Praticamos esportes, cuidamos da nossa saúde, praticamos nossa religiosidade.
Compramos coisas e mais coisas. Queremos acumular dinheiro, patrimônio, ser ricos, milionários.
Fazemos tudo isso pelo simples fato que queremos ser FELIZES.
O dinheiro, quando bem empregado na medida e finalidade certa, nos deixa sim, felizes!
Ele é capaz de nos tornar realizados. Traz liberdade e independência. Ele deve trazer um sentimento positivo.
Mas nem sempre conseguimos tudo isso, e pior, conseguimos o efeito oposto.
Dependendo de como agente se relaciona com esse dinheiro ele pode transformar a nossa vida em um vazio, um pesadelo, um vício, pode ser a nossa ruína.
Há relatos de pessoas que têm até os relacionamentos pessoais, familiares e profissionais afetados negativamente. O rendimento do trabalho cai.
É capaz de nos tornar ansiosos, depressivos ou nos trazer insônia. Estamos falando em problemas de saúde mental. E físicos também, como gastrite e pressão alta.
Mais de 2/3 dos brasileiros têm um sentimento ruim quando pensa no dinheiro, segundo pesquisa da fintech Onze.
Tudo depende de como é a nossa relação com o dinheiro.
Segundo pesquisa inédita da Google, em parceria com a Liga Pesquisa e a Provokers, sobre a relação do brasileiro com o dinheiro, mostrou que há grande dificuldade em lidar com o dinheiro e investimento. E quando há dinheiro disponível a preferência é por gastar e não guardar para investir fazendo ele se multiplicar. Isto demonstra o quão somos educados para pensar apenas no curto prazo, quando na verdade deveríamos pensar a longo prazo.
O dinheiro está aí para termos uma vida de bem estar, tranquila, equilibrada, com saúde e segurança. E também como potencializador de sonhos. Se ele não for capaz de trazer tudo isso, mudar essa relação é urgente.

E como fazer isso?
Como construir um relacionamento em que o papel do dinheiro seja para trazer felicidade?
É o que vamos descobrir agora!
Motivos do relacionamento ruim com o dinheiro
Para começar devemos entender quais são os motivos que nos levam a esses sentimentos negativos, trazendo problemas mentais, físicos e comportamentais.
Endividamento
Podemos elencar como o principal motivador as DÍVIDAS.
O dinheiro é uma constante e essencial em nossas vidas, praticamente tudo depende dele. Para passear, para cuidar da saúde, para se alimentar, morar e tantas outras coisas.
Assim, quando não há o suficiente ou até a falta dele para atender as necessidades (e desejos) o endividamento surge.
Segundo pesquisas do Instituto Locomotiva, 60% dos endividados têm dívidas com o cartão de crédito. Que são consideradas as mais caras existentes.
Veja aqui porque somos endividados: Porque somos tão endividados?
Situações onde não há dinheiro suficiente para o pagamento das contas do dia a dia também entra nesta lista. Assim como o excesso de contas para pagar.

Acreditar que dinheiro vem só do trabalho
Muitos acreditam que a única forma de “ganhar” dinheiro é trabalhando, quando na verdade se investirmos o dinheiro, colocando em aplicações como Tesouro Direto ou Fundo de Investimento, até comprando ações também é uma forma legitima, saudável e importante de “ganhar” dinheiro.
Desperdiçando assim oportunidade de ter uma vida mais estável e segura.
Não saber e nem querer investir
Desconhecer que a melhor decisão quando se tem dinheiro sobrando (e fazer de tudo para ter esse dinheiro sobrando) não é escolher o que comprar nem onde gastar, e sim onde aplicar o dinheiro. Não existe uma cultura de poupança no país, e quando muito o dinheiro aplicado é na modalidade Poupança, que possui juros muito baixo muitas vezes perdendo para a inflação.
Outros não investem por medo (ou fobia – veja mais abaixo), procrastinação, preguiça ou para não sair da zona de conforto.
A relação com o dinheiro, neste caso, se azeda quando um imprevisto ou emergência surge e não há dinheiro para resolver. É quando recorremos ao banco para fazer um empréstimo e a depender do tamanho do problema este endividamento vira uma bola de neve e bagunça toda a estabilidade financeira.

Não ter um propósito ou projeto de vida – vazio interior
Não fomos educados para pensar no nosso futuro, não temos metas de longo prazo. Não traçamos planos para o nosso futuro. Desta forma não temos motivos para guardar dinheiro, não temos objetivos para alcançar e desta forma gastamos com coisas supérfluas que não acrescentam em nada as nossas vidas.
Isto nos tornam pessoas vazias por dentro.
Deixamos a vida nos levar, sem construir nenhum patrimônio, e invejamos amigos e parentes que progridem na vida, com melhores condições financeiras. Colocamos como culpado o dinheiro.
Sem um projeto de vida nos rendemos ao consumismo, aos apelos de marketing. E assim o endividamento se instala.

O emocional e/ou sentimental falando mais alto
É muito comum descontar nas compras toda a frustação, stress, raiva, depressão, para sentir momentaneamente algum alívio. Quem nunca fez a tal da “shopping terapia”. O problema surge quando esses arroubos se tornam frequentes e o valor financeiro do estrago for muito grande.
As carências financeiras que vivenciamos no nosso passado também interferem e nos fazem comprar tudo o que não tínhamos, no passado, condições de comprar. É onde se instala a ostentação, o desperdício, nos faz viver um status social que nosso bolso não comporta.
Compramos e compramos, gastamos cada vez mais dinheiro, mas não conseguimos acabar com as frustações, o “saco” nunca fica cheio. Caímos de um desejo para outro, sem fim e não nos sentimos realizados.

Perfil comportamental ligado ao dinheiro
Ganancioso e ambiciosos são típicos perfis de pessoas que colocam o dinheiro como o item mais importante da vida, a ponto de azedar relações. Trocar frequentemente bens imateriais como família, amigos, experiências por coisas materiais é o que pessoas assim fazem.
Pode parecerem ter um bom relacionamento com o dinheiro afinal conseguem acumular patrimônio e contas bancária recheadas. Mas essa relação é tóxica, exacerbada e exagerada. Nem tudo o que é demais é saudável.
Efeitos Psicológicos como Oniomania ou Crometofobia e ainda o viciado em investir
Oniomania é a compulsão por gastar dinheiro. É quando não há controle no consumo. Uma doença psicológica chamada de TCC – Transtorno de Consumo Compulsivo caracterizada pelo vício em consumir.
E este consumo excessivo e fora do controle leva ao superendividamento e relações familiares destruídas.
Para saber como funciona este transtorno, veja a nossa matéria que já publicamos:
Podemos dizer que o oposto disto seria a crometofobia, que é o medo extremo de gastar, diferente do ganancioso em que a pessoa leva o seu dinheiro até o túmulo, na crometofobia, geralmente advento de ansiedade extrema, desenvolve-se o medo de não ter dinheiro suficiente para por exemplo pagar um médico caso precise.
É uma fobia do dinheiro. São pessoas que não falam de dinheiro, não olham a sua conta bancária para saber quanto tem, não pagam as contas. Enfim quando envolve qualquer questão relacionado ao dinheiro simplesmente sofrem um black out.
É um conceito informal, não é um transtorno reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em sua Classificação Internacional de Doenças (CID).
Para saber mais acesse esta matéria da BBC : Como é viver com crometofobia, o medo extremo de gastar dinheiro.
Outro vício que tem relação com o dinheiro é aquele em que a pessoa é compulsiva em colocar seu dinheiro em aplicações financeiras. Investir é a obsessão dela. A vida gira em torno da busca pela melhor aplicação que faça seu dinheiro render o máximo, e quando há queda das expectativas da renda perdem o controle.
Desta forma deixam de viver a vida, curtir momentos com amigos e famílias.
De um modo geral todo vício invariavelmente leva a uma influência negativa em relação ao dinheiro. Pois vício custa dinheiro seja álcool, drogas, pornografia e tantas outras.
O que fazer para construir um bom relacionamento com o dinheiro para ser feliz
Aprenda Educação Financeira
A primeira coisa a se fazer é se Educar Financeiramente. Acredite, é mais fácil do que você imagina. Fazer contas, questões de matemática é a menor parte (atualmente existem inúmeros aplicativos que fazem essa parte). Educação Financeira é muita mais aprender os comportamentos e atitudes certas e ter conhecimento sobre como funciona a dinâmica do dinheiro e investimento.
Porém busque conhecimento com pessoas (inclusive amigos e familiares), instituições, órgãos, editoras, jornais e empresas idôneas, que tenham uma boa bagagem e conhecimento sólido. Educação Financeira não é um tema de “oba-oba”, muito menos superficial, desconfie de quem diz que enriquecer é rápido e fácil. Também fique atento se há venda de algum produto atrelado ao conhecimento como por exemplo venda de aplicações financeiras.
No nosso site você encontra todas as informações, conhecimento e conteúdo de mais importante e essencial para você se educar financeiramente. Navegue pelo site, baixe nossos materiais com muitas atividades que permitem você exercitar os conceitos para depois colocar em prática. Pegue as dicas, assina nossa newsletter (enviamos conteúdos reunidos por assunto e novidades).
Aprendido isto, automaticamente aprendemos a não nos endividar. O que leva a próxima dica.

Elimine dívidas
Não faça dívidas, principalmente com o cartão de crédito – isto quer dizer pague SEMPRE a fatura total (valor cheio). Se tiver que recorrer ao cheque especial, corra ao banco e faça outro tipo de empréstimo e descubra o que te levou a estourar a conta e corrija.
Veja aqui como usar o cartão de forma inteligente e não fica endividado: Use o cartão de crédito de forma inteligente e ainda lucre
Só fazemos dívida quando for para aumentar a renda ou o patrimônio, com por exemplo comprar a casa para moradia ou para obter renda com aluguel. Outro bom financiamento é quando queremos empreender, abrir um negócio para aumentar a renda, mas antes faça um bom Plano de Negócio.

Tenha um bom Planejamento Financeiro – Aprender a pensar a longo prazo
Isto significa que você vai fazer um Orçamento Doméstico, vai definir quais são seus objetivos e metas. Também vai ter uma Reserva de Emergência e se planejar para a aposentadoria.
Também significa que temos que saber pensar a longo prazo. Toda decisão ou escolha feita hoje tem um impacto lá na frente. É preciso ter consciência disto.
Nosso dinheiro não é eterno se ele não for bem nutrido, bem cuidado.
A vida é cheia de viradas e imprevisto por isso se planejar é a melhor estratégia.

Mantenha uma boa saúde financeira, mental e física.
Isto quer dizer aprender quais são os comportamentos e hábitos ideais para ter um bom relacionamento com o dinheiro. Ter um equilíbrio nas contas, gastando menos do que se recebe, investir e ter um dinheiro guardado para imprevistos.
Veja nosso livro Estilos Lesivo de lidar com o dinheiro. Nele mostramos quais são os comportamentos que interferem negativamente na vida financeira e damos para cada situação dicas do que fazer para mudar.
Se a saúde mental estiver comprometida busque ajuda – psicólogo ou psiquiatra. Já vimos que se nossa saúde mental não estiver bem podemos “descontar” no dinheiro ou consumo.
Ele vai ajudar a entender quais são as dificuldades, angústias, traumas, pontos sensíveis e de bloqueio.
Faça ioga, pratique esportes. Atividade físicas trazem bem estar e reduzem a prevalência de doenças.

Desenvolva o autoconhecimento
Isto significa, aprenda a se conhecer. Entender quais são as emoções que nos fazem fazer o que fazemos.
É aprender a reconhecer essas emoções no exato momento em que elas ocorrem. Desta forma podemos perceber o que nos está movendo para consumir ou para deixar de gastar por exemplo.
É a melhor forma para evitar compras por impulso.
Seja organizado
A organização vai ajudar a saber quais é a sua situação financeira atual. Enxergar seus limites financeiros. Conhecer o quanto pode ser aplicado e em quais investimentos aplicar.

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